terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012

Um ano intenso. Acho que essa é uma das melhores palavras para descrever o ano passado.

O ano já começou com a preparação para o vestibular. Professores e mais professores passaram por mim tentando colocar alguma coisa nessa minha cabeça oca; foi uma verdadeira floodagem de matérias e dicas sobre o ENEM, que no final fizeram com que eu já não suportasse ouvir essa sigla um mês antes de realizar o tão temido exame. Ficar das sete da manhã às seis da noite na escola também ajudou muito no nível altíssimo de estresse que me atingia neste final de ano. Estar no último ano do ensino médio tornou 2012 um ano super emocional e cheio de memórias eternas. Não foi nada fácil dizer adeus ao terceirão e ao CMCB.

Em 2012 ocorreram muitos "acasos" que simplesmente amei, como participar de um quiz televisivo de perguntas e respostas sobre (adivinhem) o ENEM. Também fiquei responsável por uma turminha de segundo ano do ensino fundamental, coisa que provavelmente nunca aceitaria se não estivesse em meu último ano escolar. Começar todas as minhas manhãs com aqueles pequenos de 6 ou 7 anos foi assustador no começo, porém crianças não são só pequenos diabinhos que gritam e correm o tempo todo; criei um laço com eles, aprendi seus nomes e saí dessa experiência com uma bagagem difícil de ser explicada.

Também foi um ano literariamente marcante. Conheci o trabalho de vários autores de fantasia nacionais, conheci um, entrei para um grupo de admiradores de sua obra no facebook, conheci muita gente nova e já posso dizer que tenho amigos virtuais maravilhosos. E para fechar a carga literária de 2012 com chave de ouro, dia 12 de Dezembro (12/12/12) comecei a escrever meu próprio livro. Daqui a alguns anos estarei junto dos autores que conheci ano passado, se o Senhor assim o permitir.

2012 foi, acima de tudo, um ano de ciclos. Ciclos que se iniciaram e ciclos que se fecharam. Me formei no ensino médio, completei 18 anos e evoluí espiritualmente falando. Entrei para o clube de leitores da literatura fantástica brasileira e comecei a escrever meu livro. Ciclos muito marcantes em minha vida que nunca passarão, mesmo estando no passado. Intenso, emocional, espiritual; esse foi meu 2012.

Espero que tenha sido um ano ótimo pra vocês assim como foi para mim. Que todos nós tenhamos a gana, a força, a fé e a cara-de-pau necessárias para perseguir nossos sonhos, porque no fim das contas são eles que nos movem e nos dão sentido e felicidade. Nunca, nunca parem de sonhar. E que 2012 morra de inveja de 2013!

Série de posts Fotos Inesquecíveis de 2012: Minha foto com Raphael Draccon

Último post da série de fotos inesquecíveis de 2012!


Esse foi o dia do lançamento de Fios de Prata aqui na Bienal do Ceará, livro que até já indiquei aqui no blog assim como a trilogia Dragões de Éter, todos do Raphael Draccon.

Quem me conhece sabe o quanto eu me sinto em casa entre os livros e em ambientes como a Bienal, que eu simplesmente AMO apesar de nunca poder comprar todos os livros que quero ( vida de dependente de papai e mamãe é osso né?). Então foi ótimo quando o Draccon anunciou o lançamento de Fios de Prata durante a Bienal, porque além de mais uma oportunidade de ir à Bienal eu conheceria um dos meus autores favoritos.

Tive que passar mais de uma hora em dois ônibus pra poder chegar no bendito Centro de Eventos, mas consegui. Foi outra novela pra achar o lugar com minha irmã, mas o encontramos e fiquei impressionada com o tanto de gente naquela sala para a palestra que antecederia a tão sonhada sessão de autógrafos.

Foram quase duas horas de perguntas dos fãs com direito a mediação, vários momentos engraçados e mau-humor da minha irmã, que nunca teve paciência com livros e estava com cara de quem estava ouvindo élfico sem entender nada. Teve um ponto da palestra que ela virou pra mim com AQUELA cara e disse " O que é que a gente não faz por uma irmã hein?". Tadinha.

Enfim acabou o bate-papo e chegou a hora de fazer a fila para autografar os livros. Fiquei muito nervosa, mas Raphael Draccon se mostrou um escritor super simpático, felizmente puxando conversa porque se dependesse de mim o silêncio reinaria. No fim deu tudo certo e saí de lá com duas lindas dedicatórias em meus livros. Noite muito especial, espero ter meus outros livros autografados assim que ele voltar e o submarino tiver a boa-vontade de me entregar meu box! xD

E aí galerinha, alguém também encontrou um autor favorito ano passado?? Beijoos!

Série de posts Fotos Inesquecíveis de 2012: Minha foto com Wagner Moura

Esse é o post mais engraçado da série, sem dúvida. Primeiro, aqui vai a foto que eu e dois amigos, Matheus e Thayla, conseguimos tirar com o Wagner Moura aqui em Fortaleza. Melhor, na nossa escola. 


   

Estávamos no intervalo da aula de Matemática do cursinho. Eu e outro amigo estávamos na sala enquanto Thayla e o professor estavam perambulando lá embaixo. A aula já deveria ter começado então estranhamos, mas continuamos na sala esperando o professor. Foi aí que eu ouvi o grito. 

"Sussu!Isabelinhaaa! Desce aqui AGORA!" 

 Eu e o Sussu (apelido de Lucas Soares) descemos e lá estavam a Thayla e o professor, dizendo que o "Capitão Nascimento" estava na nossa escola. Obviamente não acreditei, mas qual não foi minha surpresa quando chegamos na piscina e lá estava ele, tendo aula. Sim, isso mesmo, tendo aula. 

Acontece que em seu próximo filme ele viverá um bombeiro salva-vidas e foi aprender justamente onde? Aqui em Fortaleza. Não só em Fortaleza mas NA MINHA ESCOLA! E para quem esta se perguntando, estudei no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, que até já recebeu diversas vezes competições de natação e tudo o mais.

O resultado foi que não houve mais aula do cursinho, afinal todos ficamos lá "tietando" o cara e nosso professor era um salva-vidas, o que ajudou ele a chegar mais perto do ator. Tudo isso começou mais ou menos ás 16:00 hrs da tarde, mas a escola toda saiu mais cedo e a notícia se espalhou feito fogo na pólvora. A piscina ficou lotada de alunos assistindo a aula do Wagner Moura e nós nos afastamos.

Ligamos para o Matheus, que estava no conforto de sua casa mas atendeu ao meu chamado de comparecer  à escola e ficamos o resto da tarde ligando para nossos amigos. Foi aí que lembramos: era aniversário da Paloma, amiga nossa e fã do Wagner Moura. Fizemos essa plaquinha de "Parabéns Paloma" no meu caderno e chamamos nosso professor que estava perto dele. Ele prontamente disse que iria falar com Wagner depois que ele saísse da piscina.

A horas passaram, anoiteceu e muitos alunos foram embora, vencidos pelo cansaço. Até que, mais de duas horas depois, Wagner Moura saiu da piscina. Houve caos total entre os alunos restantes e nossos monitores bombeiros precisaram entrar em ação, mas ele assegurou que atenderia a todos. Após alguns minutos vimos o professor falando com ele, explicando que estávamos ali por uma amiga fã que faltara à escola por ser seu aniversário. 

Todos os alunos ainda esperavam serem chamados quando o professor veio chamar a nós três para que pudéssemos tirar essa foto com ele. E foi assim que, após uma tarde inteira, fomos os primeiros a serem atendidos por Wagner Moura e conseguimos esta foto para presentear nossa amiga aniversariante. 

Espero que tenham gostado e se divertido, porque eu rio muito toda vez que eu lembro desta tarde! Beijos! 

Série de posts Fotos Inesquecíveis de 2012: Terceirão

Continuando a série de posts com as minhas fotos mais marcantes do ano passado ( ANO NOVOO o/).

Esse post é em homenagem a meus amigos e colegas de turma, que fizeram meu 2012 valer a pena. Essa é pra vocês terceirão.


A história desa turma começou em 2011. Em nossa escola, o segundo ano do ensino médio é exclusivamente durante o turno da tarde e o terceiro ano exclusivamente no turno da manhã. Também em nossa escola sempre existiu um estranhamento, uma intriga que ninguém nunca entendeu, entre os estudantes dos dois turnos.

Então eu e meus colegas, estudantes matutinos convictos, fomos obrigados a nos juntar a pessoas que nunca  tínhamos visto e sempre odiado, para passar os últimos dois anos de nosso ensino médio com eles. Lembro-me de receber 2011 já com a certeza de que seria o pior ano de minha vida.

O primeiro dia de aula chegou e com ele a vontade de nunca mais pisar naquela escola. Fiquei parada na quadra da escola olhando ao redor com minha melhor  amiga e perguntei a ela: O que é que eu tô fazendo aqui!? Eu simplesmente não aceitava todas aquelas mudanças. Não aceitava pessoas novas em meu círculo de amizades, que se resumia a três melhores amigas e amigos e colegas de sala. Também não aceitava que meu "quarteto" agora era uma dupla, já que duas de nós seguiram caminhos diferentes.

A sala de aula era chamada "Faixa de Gaza". Metade dela era preenchida com "os alunos da manhã" e a outra metade com "os alunos da tarde". E assim foi por meses. A união dessa turma só começou em Junho, mas para mim começou alguns meses antes.

Percebi, para minha completa alegria, que minha sala estava cheia de potterheads entusiásticos e apaixonados. Percebi que meus colegas de sala apreciavam bons livros e os trocavam e emprestavam com uma frequência quase semanal. Foi aí que comecei a conhecê-los. Comecei a ver as pessoas maravilhosas e divertidas que existiam ali, e descobri amigos e até uma vizinha.

Então chegou o meio do ano, e com ele A Semana Cultural. Não foi só uma ou nossa última Semana Cultural. Foi A Semana Cultural. Com "a" maiúsculo.

Uma turma que se odiava foi obrigada a se unir para tentar vencer. Fomos obrigados a fazer reuniões, a dividir tarefas e a ajudar a todos da melhor maneira possível, incentivados por um professor que foi imprescindível para nossa vitória. Então ali, naquela semana de apresentações, nos tornamos uma turma. Nos unimos, descobrimos amizades e tivemos momentos que nunca vão sair da memória. Ali surgiu o segundão 2011, embalados pelos ideais da Revolução Francesa e por uma  música. Não só uma música, mas um hino.

Um mantra.

" A camisa francesa, o feijão na mão, a viagem espera. Vai começar a festa! Vamo viajar! Vamo viajar! Vamo viajar!  
 SEGUNDÃO DO MEU CORAÇÃO! "

E o outro:

" O segundo ano é o quê? SHOW!
  O segundo ano é o quê? SHOW! 
  O segundo ano é o quê? SHOW! SHOW! SHOW! SHOW!..." 

2011 terminou e acabou sendo um dos melhores anos da minha vida. 2012 chegou e com ele o segundão se tornou terceirão. Foi um ano cheio de cobranças, responsabilidades e preocupações, mas o que bastava, pelo menos para mim, era estar junto daquelas pessoas. Quando chegar à escola antes das sete da manhã e só sair às seis da noite, por causa do cursinho, ficava quase insuportável, eu me lembrava que teria o dia inteiro com meus amigos e juntava forças para levar dia após dia.

Agora 2012 foi embora e o terceirão "não existe" mais. Agora é hora de encarar o mundo adulto e construir a sua própria vida, seu próprio caminho. Porém nada, NADA vai me tirar da memória esses dois anos, essa gente que só por estar perto me contagiava. Essa gente que me deu amizade quando eu me fechei para tudo e para todos. Momentos assim não saem da cabeça, porque é como disse Fernando Pessoa : " O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Essa turma marcou fundo em mim e sempre vai ter um lugar especial e preferencial na memória e no coração. Amo vocês meu terceirão.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Série de posts: Fotos marcantes de 2012

Antes de tudo, Feliz Ano Novo! Bom, pretendia fazer um post desses por dia, mas meu fim de ano foi mais corrido do que o normal, então vou bater um recorde e fazer 5 posts num dia só. Ninguém mandou ser negligente né?
 Vou fazer uma série de 4 posts com as fotos mais marcantes de 2012, e resolvi começar com essa montagem:


Dia 29 de Novembro de 2012 foi o dia em que minha irmã mais velha, Emanuelle, embarcou em direção à São Paulo para o Centro de Treinamento Missionário. Ela decidiu servir como missionária durante 18 meses (um ano e meio), o que foi uma surpresa pois das três filhas de seu Emanuel e dona Sílvia eu era a única que falava em ser missionária. Na verdade desde que me entendo por gente lembro de dizer que serviria uma missão em algum lugar do mundo. Decisão séria pra uma criança de uns 5 anos hein?

Sendo membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, todos os jovens são encorajados a fazerem essa escolha, porém para as moças é apenas um convite enquanto que para os rapazes é mais uma espécie de mandamento. Ela deixou tudo para trás para pregar sobre Jesus Cristo a quem quiser ouvir.

Então no meio do ano ela contou para a família que decidira servir uma missão e nossa reação não poderia ser diferente: VÁ!

Após meses de exames médicos para se certificar que estava tudo bem e que ela estava apta para a missão, tendo inclusive que arrancar 4 sisos que não queriam nascer, ela finalmente recebeu o "chamado" (o papel que ela está segurando na foto lá de cima) e descobrimos para onde ela iria: Missão Goiânia.

Não acredito em coincidências ou acaso, mas o fato é que mais ou menos um ano antes eu havia estado em Goiânia para um congresso científico, viagem que marcou fundo em mim. Pude dar alguns conselhos, mas a missão Goiânia também pega o triângulo mineiro, que é onde ela está agora, e meus conselhos acabaram não sendo de tão grande utilidade.

A família inteira (principalmente mãe e avós) chorou nestas Festas pela ausência da Manú e não entende o porquê de ela ter trancado a faculdade e largado tudo para ir para a missão, porém no fundo todos sabemos que ela está a serviço de Deus e sob proteção Dele, e isso é um ótimo consolo para quem está triste.

Muito sucesso na sua missão irmã, que você encontre as pessoas certas, ensine a elas sobre Jesus Cristo e as traga para o caminho dele. Eu já havia tomado essa decisão há muito tempo, mas seguir seus passos vai ser melhor. Obrigada por não deixar que eu fosse a primeira missionária da família, Sister Lima dos Santos! xD

É isso, essas foram as primeiras fotos e no próximo post tem mais! Beijo!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dica de Livro : Fios de Prata

Hoje venho aqui para indicar "Fios de Prata", do autor nacional, meu xodó super simpático e tão bom que chega a ser ridículo, Raphael Draccon. Mas bom, deixemos o lado fan-girl que conheceu um dos seus autores favoritos na Bienal de lado e vamos ao que interessa.

Fios de Prata conta a história de Mikael Santiago, conhecido como Allejo. Um jogador de futebol brasileiro com habilidades tão fantásticas que chegam a ser consideradas sobrenaturais. Enquanto está em Paris prestes a fechar um contrato milionário e fazer história no futebol mundial, ele conhece Ariana Rochembach, ginasta também brasileira, e sua vida dá uma guinada radical daquelas de dar nó na cabeça.

Acontece que há 18 meses ele vinha tendo sonhos extremamente vívidos e despertos, que vão se tornando cada vez mais sombrios e assustadores trazendo, contraditoriamente, noites cada vez mais mal-dormidas e o desenrolar da história com Ariana responde ao leitor o porquê de sonhos tão intrigantes.

O livro é simplesmente repleto de citações, referências, músicas e influências da cultura nerd/pop. A inspiração mais importante é a série de HQ's Sandman, de Neil Gaiman, tanto que dá nome ao livro. Escritores como George R.R. Martin, Tolkien, C.S Lewis, minha musa eterna J.K Rowling e muitos outros são mencionados e o próprio apelido do protagonista foi "emprestado". Acontece que Allejo era um dos jogadores da seleção brasileira de futebol existente nos videogames, velho conhecido dos meninos que jogavam Super Nitendo. O camisa sete foi uma febre e tão conhecido que até a mim, que nunca fui de videogames, o nome soou familiar (influência dos primos).  Ele foi "apenas um bonequinho de jogo", mas tão famoso quanto os jogadores reais da seleção.

 Tenho apenas uma crítica com relação à edição do livro: palavras que não deveriam estar no plural estão lá ( tipo " o moleques"), então fica aí a dica para não acharem que o Raphael não sabe escrever ou algo do tipo, mas nada que tire a graça da história. Cheio de reviravoltas, com a narrativa típica do Draccon que prende até a última página, emocionante, repleto de mensagens lindas que tocam a alma e de personagens e passagens fortíssimos, Fios de Prata realmente vale pena. Indico para maiores de 13 anos por conter palavreado forte (palavrões) e cenas quentes.

É isso aí, espero que tenham gostado da dica e que apreciem a leitura.

      Beijinhos!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

The Raven - Edgar Allan Poe/ O Corvo - Edgar Allan Poe

Once upon a midnight dreary, while I pondered weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
`'Tis some visitor,' I muttered, `tapping at my chamber door -
Only this, and nothing more.'

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; - vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow - sorrow for the lost Lenore -
For the rare and radiant maiden whom the angels named Lenore -
Nameless here for evermore.

And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating
`'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door -
Some late visitor entreating entrance at my chamber door; -
This it is, and nothing more,'

Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
`Sir,' said I, `or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you' - here I opened wide the door; -
Darkness there, and nothing more.

Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the darkness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, `Lenore!'
This I whispered, and an echo murmured back the word, `Lenore!'
Merely this and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
`Surely,' said I, `surely that is something at my window lattice;
Let me see then, what thereat is, and this mystery explore -
Let my heart be still a moment and this mystery explore; -
'Tis the wind and nothing more!'

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door -
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door -
Perched, and sat, and nothing more.

Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
`Though thy crest be shorn and shaven, thou,' I said, `art sure no craven.
Ghastly grim and ancient raven wandering from the nightly shore -
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning - little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door -
Bird or beast above the sculptured bust above his chamber door,
With such name as `Nevermore.'

But the raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only,
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered - not a feather then he fluttered -
Till I scarcely more than muttered `Other friends have flown before -
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before.'
Then the bird said, `Nevermore.'

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
`Doubtless,' said I, `what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore -
Till the dirges of his hope that melancholy burden bore
Of "Never-nevermore."'

But the raven still beguiling all my sad soul into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore -
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking `Nevermore.'

This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamp-light gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamp-light gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!

Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
`Wretch,' I cried, `thy God hath lent thee - by these angels he has sent thee
Respite - respite and nepenthe from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe, and forget this lost Lenore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Prophet!' said I, `thing of evil! - prophet still, if bird or devil! -
Whether tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted -
On this home by horror haunted - tell me truly, I implore -
Is there - is there balm in Gilead? - tell me - tell me, I implore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Prophet!' said I, `thing of evil! - prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us - by that God we both adore -
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels named Lenore -
Clasp a rare and radiant maiden, whom the angels named Lenore?'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Be that word our sign of parting, bird or fiend!' I shrieked upstarting -
`Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken! - quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted - nevermore!