terça-feira, 3 de agosto de 2010

Parabéns atrasado Harry e tiia Jo!

Um texto escrito e postado pela equipe do site Potterish.Feliz Aniversário Joanne Katleen Rowling e Harry James Potter!

Bem, o que desejar a alguém que nos proporcionou os momentos mais magníficos? A alguém que nos fez e nos faz tão felizes, mesmo estando a vários quilômetros de distância? A alguém que fez o melhor que pôde com o talento que recebeu? A alguém que construiu uma obra tão imane e maravilhosa, que foi capaz de transformar a vida de milhares de outras almas ao redor do planeta e cativá-las de forma tão fiel e pura? A alguém que transformou sua realidade através da maneira mais sublime que há, a ponto de levar consigo nessa transformação milhões de pessoas? A alguém que criou um movimento mundial sem precedentes (nem sucessores) não só na literatura, mas também no cinema e em todas as áreas da vida dos milhares de fãs devotados? A alguém que, estando em um mundo desprezível, foi contra a correnteza e conseguiu torná-lo melhor de fato? A alguém com uma criatividade – com a qual nos identificamos – tão encantadoramente fecunda, que nos prende e nos fascina? A um exemplo de vida, de superação e de vitória? O que se pode desejar?

Ora, o de sempre que se deseja em todo aniversário – saúde, paz, felicidade, prosperidade, longevidade, felicidade etc. – mais algo de especial… Nada como um tênue esboço de retribuição: há muito, descartei a remota possibilidade de, em algum dia, conseguir retribuir tudo o que Joanne fez por nós. É mais como um agradecimento que, embora esteja fora do alcance ideal, é pretensiosamente digno dessa legítima e esplêndida personificação da inteligência, da generosidade, da modéstia, da obstinação, do amor e do humanismo.

Honestamente, não acredito que seja possível, para alguém que ama os livros, não amar nossa tia Jo – este, evidentemente, é um amor muito mais de admiração e respeito do que de qualquer outro modo. Ora – você pode estar indagando –, por quê? A resposta está estampada em cada parágrafo de cada volume da heptalogia: J. K. Rowling é aquilo que escreve. Esclareço-me. É inegável que, na produção de uma obra literária ou de qualquer outro gênero, esteja presente muito do autor que a escreveu, uma vez que não há como desvincular o fruto das ideias e consciência das experiências e personalidade do indivíduo. No caso de Harry Potter, esse vínculo é imensamente maior e sabemos disto não só porque, muitas vezes, foi comentado por ela, mas também por conhecermos considerável parte da história da sua vida. Os exemplos vão desde seu lado cê-dê-efe, vivo em Hermione, passando por muito da sua história de vida e aspectos da sua personalidade em Harry, até a existência de dementadores, como expressão do terrível sentimento de depressão, louvavelmente superado.

Nós lemos a vida de J. K. Rowling, lemos seus mais variados pontos de vista acerca de diversas questões ao longo da série e tudo isso brilhantemente envolto por um verdadeiro universo paralelo: uma trama fantástica, minuciosa em cada primoroso detalhe de uma verossimilhança estupenda. Quem já não se pegou analisando tudo como se fosse real? Parando para pensar que é perfeitamente plausível haver uma sociedade bruxa sob sigilo? E se tudo aquilo existisse como num delirante e delicioso devaneio secreto através dos confins da consciência? Seria tão mágico! Quem nunca se sentiu assim não leu Harry Potter, não transcendeu as fronteiras da realidade, não embarcou no voo da leitura. Talvez sejam estes os motivos pelos quais há tamanha empatia entre fãs e “ídola”. Sim, deveria existir tal palavra… E talvez até exista, na realidade, mas, caso não haja, devemos criá-la “oficial” e definitivamente! Este é o propósito dos neologismos: nomear coisas e pessoas inéditas, únicas, incríveis, como é a genitora do fenômeno/revolução/estado de espírito/modo de vida/ideologia Harry Potter.

Além da sua história e personalidade, há em Harry Potter o melhor presente que J. K. Rowling poderia oferecer-nos: sua alma, sua consciência e seus valores. Isso se mostra claro durante toda a série. Há as leis que destacam quão fundamental é a integridade da essência do ser e há nefasto exemplo de alma degenerada – leia-se Voldemort. Há coragem nos grifinórios, há lealdade nos lufanos, há perseverança nos sonserinos, há sabedoria e presença de espírito nos corvinais. Há o amor de Lílian, há o amor de Severo, há a generosidade de Aberforth, há a amizade de Harry, Rony e Hermione, há a humanidade de Dumbledore e tudo o que isto traz consigo, há a alegria e o humor dos gêmeos, há a sinceridade e a credulidade de Luna, há a justiça de Minerva, há a pureza e a benevolência de Hagrid, há a liberdade (e a luta) de Dobby, há a fraternidade dos Weasley, há a prudência e a responsabilidade de Hermione, há a cálida esperança da pequena Petúnia e há o amor – em tudo, acima de tudo e sempre. Amor esse que transformou uma mãe solteira sem recursos em uma das mais prósperas e ilustres escritoras dos últimos tempos.

Acrescem a esses valores primordiais verdadeiras e valorosas lições de vida (e de morte), desenvolvidas com uma maestria incomparável, de tal forma que a leitura torna-se uma bagagem que acompanha o leitor e norteia-o durante toda a vida, alicerçando firmemente o caráter e agregando-lhe uma consciência humanitária imprescindível e já rara. Bom seria se toda criança pudesse ler Harry Potter e tê-lo como bússola moral na construção da índole e da personalidade. Ganharíamos muito mais do que adultos esclarecidos pelos frutos do precoce e salutar hábito da leitura: haveria indivíduos bons, humanos, conscientes e equilibrados, em contravenção à caótica sociedade nossa, repleta de crueza e carente de amor.

Não restam dúvidas de que, se J. K. Rowling é o que escreve, é impossível não amá-la, não respeitá-la, não admirá-la, não segui-la, não a ela agradecer, não sua obra perpetuar através das gerações seguintes, que são o futuro da humanidade, pelo qual somos, sim, responsáveis.

É preciso salientar o que acabou de vir-me à mente: há, sim, como retribuir o que J. K. Rowling fez por mim e provavelmente por você, caro leitor! Passando adiante! Compartilhando a experiência não apenas para recrutar fãs, a fim de expandir o fandom, mas também para melhorar o mundo, para ajudar a consertá-lo. Utopia e delírio achar que recomendar um livro é uma forma de transformar a realidade? [Aconteceu comigo, com você não?] É bem possível que seja. Mas o que somos nós sem a nossa inata e derradeira arma – a capacidade de sonhar? Sonhar é o primeiro passo para mudar e não há jornada tão longa que não se tenha iniciado com um primeiro passo. Passemos, pois, Harry Potter adiante!

Neste dia 31, que já se tornou um verdadeiro símbolo da magia, desejamos que, em cada um dos fãs potterianos, mantenham-se eternamente vivas a magia de Harry Potter, a magia da leitura e a magia que é ser humano. Enfim, parabéns a Joanne Rowling, nossa heroína; de muitos, salvadora e, para muitos, uma genuína ídola!

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